Aos 6 anos de idade os pais já podem consultar o especialista para tirar suas dúvidas. Se o cliente não necessitar intervenção imediata, o profissional solicitará que o cliente retorne anualmente ao consultório para avaliar o desenvolvimento da face e dos dentes da criança, solicitando para isso exames radiológicos periódicos.
Em condições normais de higienização bucal isto não acontece. No entanto se houver escovação deficiente e o paciente além disso, apresentar predisposição à formação de cáries , o ortodontista deverá orientá-lo e alertá-lo de que na manutenção desta situação, poderá ser indicada a remoção precoce do aparelho.
Os dentes e a articulação têmporo-mandibular guardam uma íntima relação uma vez que são eles que limitam o grau de rotação articular. Uma má posição dentária (má-oclusão) pode alterar o funcionamento dessa articulação, que trabalhando de forma anormal poderia então tornar-se um fator coadjuvante das cefaléias. No entanto, isto não pode ser considerado uma regra, já que muitas pessoas apresentando má- oclusão não possuem dor de cabeça como sintoma de um provável problema articular. Da mesma forma, algumas pessoas com sorrisos e arcadas perfeitas apresentam sinais e sintomas de comprometimento articular. Isto nos leva a crer que esta questão é multifatorial e que o fator de tolerância individual tem papel predominante na determinação do problema.
Qualquer pessoa que apresente uma má-oclusão de origem unicamente dentária pode beneficiar-se de um tratamento ortodôntico desde que seus dentes, gengivas e osso estejam em boas condições de saúde. No entanto se essa má-oclusão possuir um componente esquelético associado, (como por exemplo a diferença de tamanho entre a maxila e a mandíbula) o paciente necessitará além do tratamento ortodôntico, de uma cirurgia, denominada ortognática, que harmonizará essas bases permitindo que os dentes possam ser movimentados dentro de um contexto de equilíbrio.
Toda má oclusão de caráter funcional que oferece riscos ao funcionamento do sistema mastigatório e suas estruturas associadas (músculos, gengivas e ossos) deve ser tratada o quanto antes. No entanto, muitas pessoas apresentam uma má-oclusão caracterizada por um leve apinhamento dentário, fruto do equilíbrio natural entre tecidos moles (gengiva, língua e músculos) e duros (ossos e dentes).
Nestes casos, havendo uma boa higienização da área, a má-oclusão não gera riscos a saúde do indivíduo, e uma análise da relação custo x benefício do tratamento deve ser conduzida juntamente com o profissional.
A ortodontia corretiva (aparelhos fixos) não faz parte do currículo de um curso de graduação em Odontologia. Assim, pergunte ao profissional que está lhe atendendo se o mesmo realizou um curso de especialização na área. Este curso habilita-o junto ao Conselho Regional de Odontologia a exercer a Especialidade da Ortodontia e é diferente de um curso de atualização ou aperfeiçoamento na área.
Desde os primórdios da ortodontia, muitas técnicas têm sido desenvolvidas por diferentes escolas no mundo inteiro. No entanto. os princípios mecânicos e os objetivos finais têm permanecido muito semelhantes entre si. Isto poderia ser comparado a diferentes estradas ou caminhos que levam a um mesmo destino. Mais importante que a técnica utilizada é a capacidade do profissional de perceber o problema e suas possíveis razões (diagnóstico) aliada a uma boa formação acadêmica e experiência clínica.
A indústria da Ortodontia tem evoluído muito e hoje é possível tratar nossos pacientes com braquetes estéticos (da mesma cor dos dentes). Ainda existem questões sobre a sua eficiência mecânica em relação aos braquetes convencionais (metálicos). Assim, seu ortodontista poderá utilizar este tipo de aparelho na dependência de suas necessidades estéticas bem como da complexidade do seu caso.
A recidiva pós-tratamento é a tendência do dente movimentado voltar à antiga posição. Isto acontece na maioria dos casos moderadamente, porque os dentes sofrem acomodações com o tempo, pela ação da língua, lábios, bochechas, tecidos que sustentam os dentes (gengiva e osso), envelhecimento, maturação da face, e erupção dos terceiros molares (sisos). Todos estes fatores causam adaptações com o tempo, significando que os dentes não permanecem fixos e alinhados por toda vida.
O ortodontista indicará a remoção do aparelho apenas quando os objetivos iniciais do seu planejamento forem atingidos dentro de um contexto de qualidade estética e funcional. Isto pode durar de 2 a 3 anos na maioria dos indivíduos. No entanto não é simplesmente pelo fato de o aparelho ter sido removido que seu tratamento está terminado. Você terá mais uma etapa a cumprir, a contenção.Os aparelhos de contenção são desenvolvidos de maneira a manter os seus dentes nas posições alcançadas durante o tratamento, até que seus ossos, gengivas e músculos se adaptem às mudanças.
Os terceiros molares ou dentes "siso" devem ser extraídos quando existir falta de espaço para sua permanência nas arcadas. O ortodontista é quem deve indicar sua remoção e muitas vezes ela pode ser realizada já na adolescência com o dente ainda não erupcionado, como medida preventiva do apinhamento dental e também minimizando o desconforto operatório, em função de suas raízes não estarem ainda completamente formadas.
Nos últimos anos, a evolução da indústria nacional bem como o aumento do número de especialistas na área proporcionaram uma redução nos custos dos tratamentos ortodônticos. No entanto, a realização de um tratamento ortodôntico não deve ser entendida como a aquisição de um mesmo bem de consumo encontrado por diferentes valores na concorrência. Os honorários de uma Clínica de Ortodontia não se baseiam no tipo de material ou aparelho utilizados, mas têm uma relação direta com o nível de formação acadêmica dos profissionais que lhe atenderão e a complexidade do caso em questão.
